A Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig vai continuar mobilizada, em regime de plantão 24 horas, para prestar o apoio necessário à população atingida pelo desastre ambiental ocorrido na região Central de Minas Gerais. A afirmação foi feita ontem (12/11) pelo presidente da Cemig, Mauro Borges Lemos, em visita às equipes da Cemig que estão se revezando, de forma ininterrupta, desde a semana passada, para normalizar o fornecimento da energia elétrica e o funcionamento das usinas da região.
Acompanhado do diretor de Geração e Transmissão, Franklin Moreira Gonçalves, o presidente sobrevoou a região onde a Cemig tem atuado. Os trabalhos estão bastante adiantados em todas as localidades, e a exceção é o subdistrito de Bento Rodrigues, que foi inteiramente soterrado. “Todas as outras comunidades e cidades atingidas já estão com o sistema de fornecimento de energia restabelecido”, afirmou Mauro Borges.
Na Usina Hidrelétrica Candonga, em Santa Cruz do Escalvado (MG), eles encontraram as equipes trabalhando para liberar as comportas dos rejeitos maiores e garantir a segurança para a barragem e para as populações que vivem às margens do Rio Doce. “A nossa responsabilidade é restabelecer o fornecimento de energia elétrica e garantir o manejo das usinas na região”, ressaltou o presidente.
Bacia do Rio Doce
A Cemig possui diversas usinas no Rio Doce e nos afluentes, como o Rio Santo Antônio e o Rio Manhuaçu, que são fundamentais para regular a vazão da água na bacia.
Candonga foi a que recebeu a maior quantidade de rejeitos, pois está mais próxima do local do desastre ambiental. A enxurrada de rejeitos que desceu o leito do Rio Doce foi acompanhada de árvores e pedras, além de outros objetos grandes, que ficaram agarrados nas comportas da usina.
Os maiores rejeitos bloquearam duas das três comportas, o que fez com que grande parte do material ficasse retido no reservatório. Técnicos e equipamentos pesados foram necessários para desobstruir as comportas, sem que seu funcionamento fosse comprometido. “Estamos 24 horas por dia em apoio para garantir a retomada da operação da usina e, também, garantir que a vazão do rio seja suficiente para que a água continue a limpar os impactos causados pelo acidente”, disse Franklin Moreira.
De acordo com o diretor, ainda não é possível saber em quanto tempo a Usina voltará a gerar energia. “Já foi liberada uma das duas comportas bloqueadas. Estamos tirando sedimentos, restos de árvores e lama para liberar a última comporta”, informou.