Estão previstos para comemoração dos 143 anos de Poços de Caldas, inaugurações e apresentações na cidade. Dentro da programação oficial, nesta terça, às 08h30, será realizada a solenidade para a inauguração do Museu da Energia. Nele, além dos registros da empresa DME, também está o passado do próprio município. O local tem mais de 200 fotos de usinas antigas, equipamentos de 1902, primeiros telefones celulares, entre outros objetos. O museu será instalado no térreo do antigo prédio da DME, onde era o atendimento comercial da empresa, localizado na rua Pernambuco, 265. O acervo foi organizado pelos funcionários da DME Distribuição, Eliane Tramonte, Roberto Domingos e Jonathan Rosa.
A história da energia elétrica em Poços de Caldas é pioneira no país. Antes mesmo da criação do Departamento Municipal de Eletricidade, a então Villa de Poços buscava alternativas para a iluminação pública e domiciliar. Em 1881, a cidade do Rio de Janeiro lutava para realizar a instalação de 60 lâmpadas de iluminação pública na atual Praça XV de Novembro, enquanto Poços já possuía iluminação nas ruas, mesmo que feita por lampiões de querosene. E há registros que poucos anos depois, em 1887, o Coronel Agostinho da Costa Junqueira teve energia elétrica instalada em sua casa e oficina.
No ano 1898 foi inaugurada a primeira usina geradora de energia elétrica, construída junto à Cachoeira das Antas. Em 1954, foi sancionada a Lei n° 420 criadora do então Departamento Municipal de Eletricidade, que desde 1955 atua, como concessão do governo federal, na prestação do serviço público de energia elétrica em Poços de Caldas.
“Em 2015, ano em que completa 60 anos, nada mais justo do que presentear a cidade e oferecer a toda população e aos visitantes este Museu. Na verdade, é um Memorial sobre a rica história da DME, que conta, até o presente momento, com a organização do acervo existente na empresa e doações de funcionários e ex-funcionários, bem como a utilização de uma parte do prédio que traz em si um grande legado, por já ter sido antes mesmo de sediar a DME Distribuição, uma subestação. Nossa pretensão é que a história continue e, para isso, solicitamos que todos que tenham objetos, documentos, fotos e relíquias ligadas a essa epopeia, possam doar à DME, encontrando aqui um espaço único que garanta sua permanência e conservação para as próximas gerações", destaca João Deom Pereira, Presidente da DME Participações.
O museu contou ainda com a colaboração e depoimentos do Sr. Nelson Ramos, funcionário mais antigo da empresa ainda em atividade, dos Srs. Gonçalo Colhado e Valdir Togni, ex-funcionários da DME, que disponibilizaram roupas e acessórios utilizados na década de 60, além de fotos, documentos e jornais da época. Também foi produzido um vídeo com depoimentos, destaque para o Sr. José Egídio, funcionário aposentado, que com 90 anos, ainda tem muita história para contar.